Foi
deflagrada na manhã desta quinta-feira (16/11) a 5ª fase da operação
"Sermão aos Peixes", que apura indícios de desvios de recursos
públicos fedferais por meio de fraudes na contratação e pagamento de pessoal,
contratos de gestão e termos de parceria firmados com o Governo do Estado do
Maranhão na área da Saúde.
Aproximandamente 130 policiais cumprem 45 mandados
judiciais expedidos pela juíza federal Paula Souza Moraes da 1ª Vara Criminal
Federal da Seção Judiciária do Maranhão. Estão sendo cumpridos 17 mandados de
prisão temporária e 28 mandados de busca e apreensão nas cidades de São
Luís-MA, Amarante-MA, Imperatriz-MA e Teresina-PI, além do bloqueio judicial e
sequestro de bens no valor total de R$ 18 milhões.
Segundo a PF, durante as investigações conduzidas em
2015 foram coletados indícios de que servidores públicos que exerciam funções
de comando na Secretaria de Estado da Saúde naquele ano montaram um esquema de
desvio de verbas e fraudes na contratação e pagamento de pessoal.
As investigações indicaram a existência de cerca de
400 pessoas que teriam sido incluídas indevidamente nas folhas de pagamentos
dos hospitais estaduais sem a prestação de serviços às unidades hospitalares.
Os beneficiários do esquema seriam familiares e pessoas próximas a gestores
públicos e de diretores das organizações sociais.
O montante dos recursos públicos federais desviados
por meio das fraudes é superior a 18 milhões de reais. Contudo, segundo a
Polícia Federal, o dano aos cofres públicos pode ser ainda maior, pois os
desvios continuaram a ser praticados mesmo após a deflagração de outras fases
da Operação Sermão aos Peixes.
De acordo com a PF, na medida de suas participações os
investigados responderão pelos crimes de peculato, corrupção ativa, corrupção
passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa, dentre outros. Após os procedimentos
legais, os investigados devem ser encaminhados ao sistema penitenciário do
Maranhão, onde permanecerão à disposição da justiça federal.
NOME DA OPERAÇÃO
Segundo a Polícia Federal, o nome da Operação é uma referência a um trecho do Sermão do Padre Antônio Vieira (1654), que ficou conhecido como o “Sermão aos Peixes”, no qual o Padre toma vários peixes como símbolos dos vícios e corrupção da sociedade. Um dos peixes ele chamou de PEGADOR: referência aos vícios do oportunismo: “vivem na dependência dos grandes, morrem com eles”.
Segundo a Polícia Federal, o nome da Operação é uma referência a um trecho do Sermão do Padre Antônio Vieira (1654), que ficou conhecido como o “Sermão aos Peixes”, no qual o Padre toma vários peixes como símbolos dos vícios e corrupção da sociedade. Um dos peixes ele chamou de PEGADOR: referência aos vícios do oportunismo: “vivem na dependência dos grandes, morrem com eles”.
Durante a investigação, restou comprovado a prática
habitual de desvio de verbas para o pagamento a “apadrinhados” políticos:
pessoas que recebem dinheiro público sem a devida contraprestação laboral, ou
seja, atuando como “pegadores”, na visão do Sermão, já que recebiam tais
benesses em razão da influência de pessoas importantes na política local, como
já alertava o Padre Antonio Vieira no Sermão aos Peixes.
FONTE: (Com informações da
Polícia Federal e G1/MA) E 180 GERAL.
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